Ministro da Saúde garante 70% do custeio do Hospital Regional

 

         O ministro da Saúde, Arthur Chioro, esteve nesta segunda-feira (dia 25) em Volta Redonda, visitando as obras do Hospital Regional do Médio Paraíba Dr.ª Zilda Arns - acompanhado do governador Luiz Fernando Pezão, do secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, e do prefeito Antônio Francisco Neto - onde participou de um encontro com os 12 prefeitos que integram o Cismepa (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraíba). No encontro, Chioro garantiu que o Ministério da Saúde vai dar todo o apoio financeiro necessário no custeio do funcionamento da unidade hospitalar. “O Ministério da Saúde vai custear 70% do funcionamento do hospital, podem contar com esses recursos”, assegurou o ministro.

 

         O ministro chegou por volta de 11h, acompanhado do governador, do secretário estadual de Saúde e do prefeito Neto, e ouviu as reivindicações dos municípios, que foram lhe apresentadas pelo prefeito de Piraí, Luiz Antonio da Silva Neves, atual presidente do Cismepa. Chioro também assistiu um vídeo sobre a construção do hospital, que está com 82% das obras prontas – um investimento de R$ 70,9 milhões em obras, mais R$ 50 milhões em equipamentos, totalizando R$ 120 milhões. A previsão é que a unidade seja inaugurada em dezembro de 2015. Os números foram apresentados pelo presidente da Comissão de Fiscalização das Obras, engenheiro Sebastião Faria, também presidente do SAH (Serviço Autônomo Hospitalar), em Volta Redonda. O ministro também assistiu a um vídeo sobre a Policlínica da Saúde Bernardino de Souza, no Estádio da Cidadania Raulino de Oliveira. Chioro ficou muito interessado na proposta de utilizar um estádio de futebol para disponibilizar serviços de Saúde para a população e disse que mandará a sua equipe visitar a policlínica.   

 

 

O presidente do Cismepa agradeceu ao prefeito Neto e a Volta Redonda por ter assumido a construção da unidade como ente federativo, para a prestação de contas aos órgãos públicos, porque o consórcio não é reconhecido como ente jurídico. Luiz Antônio afirmou para o ministro que os municípios já gastam 27,89% do orçamento com Saúde, e não terão como arcar com o custeio do Hospital Regional, que deve girar em torno de R$ 15,5 milhões mensais. “Todas as obras tem sido feitas com financiamento do governo do Estado. O município de Volta Redonda doou o terreno de 54 mil m2, fez uma contrapartida de R$ 554 mil e os projetos das obras”, apontou.

 

         O prefeito Neto ressaltou a economia feita na obra, já que o metro quadrado em construção de hospitais tem um preço médio de R$ 6 mil e que o Hospital Regional está sendo construído por cerca de R$ 2,7 mil o metro quadrado. Neto citou ainda o apoio do ex-governador Sérgio Cabral e do governador Pezão para que o hospital seja construído, devido à sua importância para os moradores do sul fluminense. “Mas sem o seu apoio, ministro, não conseguiremos colocar o hospital em funcionamento”, disse o prefeito de Volta Redonda.

 

         O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o hospital funcionando “é o sonho de toda a região”. Pezão destacou que os pacientes que precisam de tratamento de alta complexidade têm que se deslocar para o Rio, São Paulo ou Belo Horizonte, mas citou que os municípios atualmente já gastam quase 30% do orçamento com Saúde, o dobro da obrigação constitucional de 15%, e não podem arcar sozinhos com a manutenção da unidade.

 

       “Sei das dificuldades (com os cortes de verba do Governo Federal), mas é preciso que todos juntos discutam o financiamento da Saúde para encontrar soluções criativas. Tudo que se faz pela Saúde é pouco, porque cada vez mais são exames sofisticados, remédios mais caros. As pessoas dos planos de saúde estão vindo para o SUS (Sistema Único de Saúde).  Eu sou uma pessoa super otimista para vencer esses desafios. A saúde perdeu os recursos de 50 a 60 bilhões do CPMF e nada foi criado para garantir mais receita. Acredito que se este recurso do CPMF tivesse sido compartilhado para os estados e municípios não teria acabado. Há agora o royalties do petróleo para a Saúde, que esperamos que haja a distribuição. Eu tenho muito medo de ver os fundos sendo criados e não ver os recursos compartilhados”, afirmou Pezão, destacando o papel de Neto na realização do projeto: “O que o Neto conseguiu fazer ninguém mais consegue, reunir os prefeitos para uma obra desse porte”.

 

       Apoio garantido – O ministro – que é médico - lembrou que já atuou como secretário municipal de Saúde por nove anos, tendo a sua origem política ligada à municipalidade. Ele elogiou o trabalho que está sendo feito em Volta Redonda, citando-o como exemplo para o País na saúde pública. Chioro afirmou que uma reunião de trabalho deve ser feita em breve para estabelecer um cronograma para a liberação dos recursos.

 

      “Vamos fazer uma primeira reunião de trabalho, que deve ser aqui em Volta Redonda, com a minha equipe, os municípios e o estado, para fazer um cronograma de liberação de recursos. Nenhum hospital é inaugurado totalmente, mas por etapas. E vamos fazer isto, se o custo for de R$ 3 mil mensais, R$ 8 mil mensais, 70% dos custos serão do Ministério da Saúde. Vamos sentar em um grupo de trabalho e construir essa proposta juntos”, frisou o ministro. Chioro destacou que apesar do corte de R$ 11 bilhões na sua pasta, o Ministério terá R$ 3,1 bilhões a mais no orçamento federal e vai pagar todos os programas federais colocados em prática com os municípios e estados. “Cada estado vai falar para o Governo Federal quais são as prioridades. É o secretário estadual do Rio, Felipe Peixoto, que vai dizer as prioridades para que os recursos sejam depositados, porque os recursos chegarão. Vamos pagar inclusive os retroativos”, esclareceu o ministro, que visitou uma enfermaria já montada no hospital e o setor de Pediatria, que está em fase de acabamento. A visita por encerrada por volta de meio-dia.

 

       Além dos prefeitos dos municípios que formam o Cismepa, acompanharam a visita o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, os deputados estaduais Nelson Gonçalves, Edson Albertassi, Ana Paula Rechuan, os deputados federais Deley e Alexandre Serfiotis, o presidente da Sindpass, Paulo Afonso, a secretária municipal de Saúde de Volta Redonda, Marta Magalhães, conselheiros e secretários municipais.  

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