Volta Redonda lança Plano Participativo de Mobilidade Urbana

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Publicado em Segunda, 03 Agosto 2015 14:39

        Cerca de 200 pessoas de diversos setores da sociedade civil e poder público atenderam ao convite do Governo Municipal para participar da Audiência Pública de Lançamento do Plano Participativo de Mobilidade Urbana de Volta Redonda. O evento foi realizado na noite de quarta-feira (dia 5), no Cine 9 de Abril, na Vila Santa Cecília. O público era formado por representantes de associações de moradores, empresários, membros de sindicatos de classe, grupos de ciclistas e motociclistas, além dos poderes Executivo e Legislativo.

        O vice-prefeito Carlos Roberto Paiva abriu a reunião lembrando que o mês de agosto está sendo um marco na questão da participação popular no município. Além da audiência pública pelo Plano de Mobilidade Urbana, Volta Redonda realizou no mesmo dia a Conferência de Ação Comunitária e ainda vai realizar eventos semelhantes com foco na Juventude, Educação, Mulheres e ainda um seminário sobre prevenção às drogas. “Deste modo, Volta Redonda caminha de uma democracia meramente representativa para uma democracia participativa”, afirmou.

        Paiva continuou, dizendo que a participação popular na elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana – que definirá metas para os próximos 20 anos – era um exercício de cidadania e que “é impossível pensar em mobilidade urbana sem a participação da população. Temos que conhecer os verdadeiros interesses da sociedade para que o plano promova qualidade de vida”.

        Após as considerações iniciais, Paiva explicou o andamento da Audiência Pública, que contou ainda com a participação do presidente da Suser (Superintendência de Serviços Rodoviários), Paulo Barenco; dos secretários municipais de Obras, José de Alencar, e de Planejamento, Lincoln Botelho; e dos técnicos da empresa Plannum Planejamento e Consultoria Urbana – que também vai atuar na elaboração do plano – Graça Mafia, Frederico Rodrigues e Luiz Vagner Balieiro.

        Paiva explicou que haveria palestras curtas e que, ao final, a palavra estaria aberta para o público expressar sua opinião e lembrou que cada inscrito recebera um cartão que também poderia ser utilizado para escrever sugestões. O encontro começou com exposições dos técnicos da Plannum: Graça Mafia falou sobre a Política Nacional de Mobilidade; Frederico Rodrigues sobre Planejamento do Sistema Viário; e Luiz Vagner Balieiro abordou o tema Planejamento do Transporte.

        Em seguida, o secretário de Planejamento, Lincoln Botelho, explicou a formação e atuação do Conselho Gestor do plano, que pela proposta do Governo Municipal, será composto 80% pela sociedade civil. “Durante a discussão, o público fez sugestões de alteração na composição do conselho, o que vai gerar uma modificação na proposta a ser votada. Após a definição de como vai ser a composição do Conselho Gestor, com a aprovação popular, é que será marcado novo encontro para a indicação dos nomes”, detalhou Paiva.

PARTICIPAÇÃO POPULAR – Durante a audiência pública, membros do movimento popular Massa Crítica questionaram as obras de infraestrutura urbana, já previstas para Volta Redonda. Paiva esclareceu que tais obras foram definidas pelo Plano Diretor Participativo – aprovado em 2008 – elaborado em conjunto pelo poder público e sociedade civil.

        “Respeitando as obras definidas no Plano Diretor Participativo, Volta Redonda se inscreveu para o PAC da Mobilidade para Cidades de Médio Porte, aberto pelo Ministério das Cidades em 2012”, afirmou o vice-prefeito, salientando que com a ajuda da população serão definidas metas para os próximos 20 anos para assuntos como sistema viário e de transporte, implantação de ciclovias, vagas para carga e descarga, estacionamento de veículos e até a definição de novas obras. “O processo de construção é lento, temos que coletar e analisar dados cuidadosamente”, afirmou Paiva.                 

        A audiência pública iniciou o processo para a elaboração do Plano Participativo de Mobilidade Urbana de Volta Redonda, e apresentou para a comunidade do plano de trabalho (cronograma e eventos a serem realizados), e as propostas para a efetiva participação da sociedade, como a formação do Conselho Gestor do Plano.