Experiência de VR é premiada na 12ª Mostra “Brasil Aqui tem SUS”, no Congresso do CONASEMS

 

     A experiência em Assistência Farmacêutica, apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda, foi a única do estado do Rio de Janeiro a conquistar o título em três trabalhos premiados na 12ª Mostra “Brasil Aqui tem SUS”, durante o XXXI Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), que aconteceu entre os dias 6 a 8 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.  

     Com o tema “Desenvolvimento de Arranjo Produtivo Local em Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Desafios da Gestão”, a experiência premiada atua como referência nacional de uma prática inovadora e multiplicadora para outros municípios, visando o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde). Durante a apresentação, os avanços obtidos no desenvolvimento da assistência farmacêutica e das PICS, no município, foram expostos em um pôster fixado nos espaços temáticos da Cidade CONASEMS.

     Seguindo a linha de assistência farmacêutica do SUS, o projeto desenvolvido pela SMS/VR, está na fase de elaboração de parcerias, que contam com o apoio técnico e científico.  Uma vez colocado em prática, o projeto consiste na ampliação do acesso às plantas medicinais e fitoterápicos, através do SUS, em  Volta Redonda. A experiência visa ainda a integração na busca do desenvolvimento local, resgatando, valorizando, ampliando e qualificando o uso de plantas medicinais e dos fitoterápicos como elementos estratégicos de saúde.

- O uso de plantas com finalidades terapêuticas é prática antiga na humanidade, seja de maneira empírica ou tradicional e aqui no Brasil, país de maior biodiversidade do planeta, o conhecimento sobre as propriedades de plantas medicinais, uma das maiores riquezas da cultura indígena, estendeu-se às outras etnias e culturas através da medicina popular – ressaltou a secretaria municipal de Saúde, Marta Magalhães.

     Para a implantação do projeto, o município vem cumprindo uma série de etapas, entre elas, aquisição de mudas de Plantas Medicinais, doadas pelo Horto Medicinal – Refúgio Biológico Bela Vista/ Itaipú; aprovação da Lei Municipal 4.832/11, que estabelece a Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares; aquisição de mudas, de 20 espécies de Plantas Medicinais, doadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, entre outras.

     As equipes da SMS/VR buscam ainda gerar conhecimentos sobre produção de mudas de plantas medicinais, produzir drogas vegetais com padrão de qualidade, implantar Laboratório de Fitoterápicos, manter uma equipe de profissionais capacitados nos cuidados gerais com as plantas medicinais e fitoterápicos para orientação aos usuários do SUS, entre outras.

     O projeto prevê ainda que o acesso às informações sobre plantas medicinais e fitoterápicos, para a população e profissionais de saúde, através de Matérias Educativas Impressas é de fundamental importância. Tudo isso, deverá gerar impactos como a inclusão de fitoterápicos, no Manual de Assistência Farmacêutica do SUS, criação do Jardim Sensorial no Zoológico Municipal,  criação de uma Trilha de Plantas, no Zoológico Municipal, tendo como foco principal as espécies medicinais cultivadas no Horto de plantas medicinais.

PESQUISA - Profissionais de saúde da SMS/VR também foram consultados sobre as práticas integrativas e complementares e o uso das plantas medicinais pela população. Ao serem indagados sobre o interesse em capacitação em fitoterapia, pelo menos 66 deles, assinalou disponibilidade para atuar neste campo. O questionário foi encaminhado às  42 equipes das UBSF (Unidades Básicas de Saúde da Família), sendo que revelou o interesse pela capacitação em fitoterapia, um total de 27 enfermeiros, 5 cirurgiões dentistas e 34 médicos.

     A população também foi consultada, através de pesquisa pelos Agentes Comunitários de Saúde, que aplicaram questionário contendo quatro perguntas referentes a opinião dos usuários do SUS quanto ao uso de plantas medicinais. Esta amostragem revelou a utilização, por parte da população, de 27 espécies de plantas medicinais, entre elas, o Capim-Limão e Guaco.  

-  A Assistência Farmacêutica deve, de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde, assegurar o acesso da população à farmacoterapia de qualidade; contribuir para o uso racional de medicamentos; oferecer serviços farmacêuticos aos usuários e à comunidade – enfatizou a secretária.

     Marta Magalhães lembrou ainda que a Assistência Farmacêutica é componente essencial nos serviços e programas de saúde e, por isso, precisa estar presente em toda  rede assistencial, contribuindo de maneira efetiva e eficiente para transformar o investimento em medicamentos, em incremento de saúde e qualidade de vida da população.  “Neste aspecto a Farmácia Viva, através da experiência de Volta Redonda, vem atuar como suporte para otimizar e organizar a distribuição dos medicamentos de uma forma mais equilibrada e racional, contribuindo assim para a desmedicalização”, concluiu a secretária.

 

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