Volta Redonda em estado de alerta contra dengue

 

 

 

 

Secretaria de Saúde intensifica ações e convoca população a aderir à campanha dos 10 minutos

 

      Embora seja o período de inverno – com clima seco e frio – Volta Redonda entra em estado de alerta contra a dengue. O último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), realizado este mês, assinalou índice de 2,2% de infestação, percentual acima do dobro determinado pelo Ministério da Saúde, que é de até 1,0%. Técnicos da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde afirmam que este percentual é preocupante e lembram que os índices vêm crescendo desde o início do ano, quando o primeiro LIRAa  detectou 1,1% de infestação pelo mosquito da dengue.

      Em março a mesma amostragem revelou outro aumento, chegando a 1,6% de infestação pelo mosquito da dengue. Pratinhos de plantas, bebedouros de animais, continuam os vilões no combate ao mosquito com percentual de infestação de 42%, bem acima do revelado na amostragem anterior realizada em março quando foi detectado um índice de infestação, nestes mesmos recipientes, de 34,0%. Depósitos de água e caixa d´água – cujos índices subiram de 1,9% para 3,7% - também estão na lista dos criadouros que dificultam o combate a proliferação do mosquito na cidade.

     - A situação é alarmante, pois nesta época, em anos anteriores, o LIRAa registrou um percentual bem abaixo do revelado este mês – ressaltou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Janaina Soledad, chamando a atenção ainda para o aumento significativo dos focos em residências. “O poder público continua monitorando  a dengue, mas precisamos contar com o apoio da população que precisa dedicar 10 minutos da semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito em suas residências”, acrescentou a coordenadora do órgão.

      O número de notificações da doença – que sofreu aumento de 57 casos em março para 307 em junho, sendo 99 confirmados – é outro fator que faz o município acender o sinal de alerta. A partir da próxima semana, a Secretaria Municipal de Saúde intensifica as ações de combate ao mosquito da dengue em toda a cidade. O objetivo é evitar que o verão de 2015 tenha um número ainda maior da doença. A Vigilância Ambiental já está agendando reuniões com as unidades de saúde e Associações de Moradores das localidades onde as amostragens assinalaram percentuais mais preocupantes.

     As reuniões de trabalho, que acontecem ainda este mês, terão a participação de lideranças comunitárias, além de profissionais de saúde e representantes de diversos setores da prefeitura. O objetivo é definir estratégias de atuação com a finalidade de reduzir os índices de infestação nestas localidades. As reuniões do Comitê Técnico da Dengue, com participação da Vigilância Ambiental, Vigilância Epidemiológica, Coordenação dos Distritos, Farmácia Municipal, Laboratório, Educação em Saúde, Urgência e Emergência, também serão retomadas.

RISCO – O resultado do  LIRAa faz ainda um outro alerta que deixa técnicos da Vigilância Ambiental bastante preocupados. Nos estratos de amostragem por bairros algumas localidades surgem com percentuais bem elevados. No grupo três, por exemplo, que reúne oito localidades, foi detectado índice de 5.6% de infestação pelo mosquito da dengue, considerado de alto risco.

    Nestes bairros os pratinhos de plantas e bebedouros de animais, atingem 48.7% de índice de infestação. Depósitos de água, latões e tambores também apresentam índice de 20,5%, percentual considerado por técnicos,  bem acima da média. As localidades do estrato três são: Coqueiros, Fazendinha, Verde Vale, Nova Esperança, Mariana Torres, Belo Horizonte, Vila Brasília e uma parte do Retiro.  

    Outras 13 localidades, inseridas no chamado estrato 08, também ganham destaque por conta dos índices elevados – de médio risco, registrando 3.9% de infestação pelo mosquito. Nestas regiões, no entanto, os pratinhos de plantas e bebedouros de animais chegam a 56% no índice de infestação. Já os lixos e materiais recicláveis atingiram 24,0% de infestação. Fazem parte desse grupo as seguintes localidades: Jardim Amália, Jardim Normândia, Núcleo Princesa Isabel, Morada da Colina, São Geraldo, Neuza Brizola, Monte Castelo, Jardim Tancredo Neves, São João, Laranjal, Centro, Colina e Vila Americana.

  Com percentual um pouco menor – de 3.6% - mas em médio risco estão outras oito localidades da cidade. Nelas os vilões do combate a dengue são os depósitos de água, latões, tambores, pratinhos de plantas e bebedouro de animais, com percentual de 29,4% de infestação pelo mosquito. Compõem este grupo: Brasilândia, Caelândia, Caieiras, Nova Primavera, Três Poços, Vila Três Poços, Pedreira, Água Limpa.  

-   Os criadouros do mosquito da dengue ainda estão dentro das residências, sendo o foco maior nos pratos e vasos de plantas, assim como os bebedouros de animais, materiais recicláveis e resíduos sólidos, conforme detectado pela amostragem – ressaltou a coordenadora da Vigilância Ambiental, lembrando que a Campanha dos 10 Minutos contra a Dengue, onde moradores dedicam 10 minutos por semana na eliminação de possíveis focos do mosquito em residências, ainda é a forma mais eficaz de se combater a proliferação da doença.  

 

 

 

 

 

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