Brasão

 

 

Brasão

Determina a Deliberação nº 141, de 2 de março de 1957, em seu artigo 2º - "Este Escudo de Armas terá a forma abaixo discriminada: ESCUDO português de sabre com um feixe de raios de ouro dentro de uma orla de prata rompida no chefe. Coroa natural de ouro de quatro torres, ameias e sua porta cada uma. Tenentes: dois cíclopes com seu malho sobre bigorna por terraço, tudo ao natural. Divisa: FLUMEN FULMINI FLEXIT de ouro em fitão de sinopla".

As partes do brasão assim são definidas: "Escudo Português" - com seu termo formado por um meio cícrulo como os municipais de Portugal, porque esse, de singela feição posto em uso, nos tempos de D. Manoel I, é o Escudo que convém "a descendentes de português" e está "de acordo com o uso já consagrado no Brasil".

"de sable" - Isto é, porque segundo Antônio Vilas Boas e Sampayo, é este esmalte, na simbologia material, o que corresponde a terra: a que fornece o minério, sangue e alimento da Cidade do Aço e, na espiritual, o que traduz, firmeza e vigilância que o Brasil inspira a sua máxima e substancial indústria.

"com um feixe de raios" - Os raios que desferia Júpiter, no Étna, fundidos por Vulcano: nobre imagem mitológica a evitar o indesejável lugar comum das chaminés e rodas dentadas.

"de ouro" - E, postos, como estão, os raios de ouro "no centro" ou "abismo", do Escudo que representa o coração, querem eles dizer que das forjas da Usina de Volta Redonda se irradia por todo o País o seu sangue novo, feito de brilho, justiça, fé, força e constância.

"dentro de uma orla de prata rompida no chefe" - das quais torres somente duas se vêm: uma completa ao centro, e meia de cada lado, como o estabelecem as leis de perspectiva heráldica.

"Tenentes: dois Ciclopes com um malho" - homenagem ao operário de Volta Redonda, pois que eram os ciclopes os "Obreiros de Vulcano", gigantes que forjavam os raios de Júpiter Tonante.

"sobre a bigorna por terraço" - diz-se "terraço" a base em que hão de pousar os "tenentes" seres animados que suportam o escudo; e nenhum se oferece mais digno e próprio para o brasão de armas da Cidade do Aço do que a figura de rijo sentido e severa beleza da bigorna.

"tudo ao natural"- o mesmo é dizer: representadas essas figuras e seus atributos (Ciclopes, malhos e bigornas) nas suas cores reais.

"Divisa"- FLUMEM FULMINI FLEXIT"- composta especialmente, e não mera citação de autor clássico: latina, recorda a origem de nossa raça; breve, sonora e com propositada alteração, sintaxe, busca exprimir o espírito da mais concisa, harmoniosa e requintada das línguas; ativa como convém aos motes heráldicos - significa que o rio ( "flumem" ), ante o raio ( "fulmini" ) dobrou-se ( "flexit" ), contendo assim os dois elementos (siderúrgicos) e o geográfico (volta do rio) dando ademais, uma poética interpretação de lenda de ouro em fitão de sinopla"- pois que as letras das inscrições serão sempre de metal; e a evocar, afinal, na composição auriverde, as cores gloriosas da Pátria.

 

 

 

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