Aulas de Libras ajudam na socialização de alunos com deficiência auditiva em 10 escolas de Volta Redonda

          A Prefeitura Municipal de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Educação (SME), segue investindo da educação inclusiva e na capacitação dos educadores da rede municipal de ensino. Há duas semanas dez escolas da rede estão disponibilizando aulas de Libras (Língua Brasileira de Sinais), atendendo cerca de 300 alunos da Educação Infantil e do 1° ao 9° anos. As aulas são realizadas com a utilização de elementos visuais, como cartazes, por um professor com surdez profunda, Wellington Almeida Sanglard. A ideia é que o aprendizado em Libras amplie o uso social da linguagem de sinais.

 

         As escolas municipais beneficiadas com a iniciativa são: Paulo VI (Açude), Dr. João Pio de Abreu (Retiro), Tocantins (Retiro), Maria José Campos Costa (Volta Grande I), Professora Marizinha Félix (Vila Rica/Três Poços), São Francisco de Assis (Retiro), Othon Reis (Vale Verde), Miguel Couto (Jardim Normândia) e os Centros Municipais de Educação Infantil Alzira Vargas (Retiro) e Professora Marlene Mendes de Castro (Aterrado).

 

         Segundo a secretaria municipal de Educação, Therezinha dos Santos Gonçalves Assumpção, a Tetê, as aulas têm o objetivo de favorecer a aprendizagem dos alunos com surdez e a socialização deles com os alunos “ouvintes” – como é tratado pelos surdos quem tem a audição normal. 

 

         “Esse projeto proporciona um ganho na aquisição do conhecimento por parte dos alunos surdos. Além disso, nosso objetivo é de promover a comunicação desses alunos com os outros, promovendo assim uma inclusão total. Assim eles se sentirão realmente acolhidos”, disse Tetê.

 

       De acordo com a implementadora pedagógica da educação especial da SME, Valéria dos Santos Vasques, atualmente a rede municipal de ensino tem 52 alunos com surdez. Desse total, 31 deles têm surdez profunda e os outros 21 tem surdez leve e moderada.

 

         “Nosso objetivo é facilitar a comunicação dos alunos e estimular o seu desenvolvimento. Através dessas aulas queremos promover a inclusão e a socialização dos alunos surdos com os alunos sem deficiência, além de promover também a integração entre os professores e os alunos surdos. Todos os estudantes têm direito à educação de qualidade, de acordo com suas necessidades”, disse a implementadora, lembrando que além dessas aulas, os alunos com surdez profunda têm na sala de aula um tradutor intérprete de Libras, além das salas de recursos que funcionam em horário inverso ao do horário escolar.

 

         Para o professor Wellington, que é portador de deficiência auditiva, e que há 25 anos ensina Libras, essa iniciativa é muito importante para o desenvolvimento dos alunos. “A minha vida teria sido mais tranquila se eu tivesse aprendido Libras mais cedo, porque é muito visual. Na minha época era muito difícil e só comecei a aprender Libras aos 15 anos. Essa é uma oportunidade maravilhosa”, disse o instrutor.

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